quinta-feira, 18 de julho de 2013

A RAÇÃO DO BORNAL

Quantas vezes me procurei nas coisas tão simples
E quantas vezes não me achei, e nos caminhos,
Numa manhã de sol, de um dia lindo
Eu parti, Fui me procurando, e cheguei até aqui

Eu trazia no bornal a ração do viver
Vinha comigo, a emoção e a sensibilidade
Vim recolhendo os restos de mim
Que não deixei nas prateleiras do passado.

Fui capaz de registrar todos os momentos
Quantas vezes parei e senti a brisa passar
 Senti que podia fazer versos e escrever poesias
Pois eu queria , um dia esta historia contar.

Ate com o cantar do passarinho eu me emocionei
Seu canto era triste, mas muito sonoro
Era assim como, acordes de violinos
Vindos lá dos confins da terra, de tempo tão distante e remóto

Eu não queria que o caminho terminasse
Eu queria continuar por ele toda a vida
E assim saber onde mora a fantasia
Que naquela hora sonhando, eu a trazia comigo.

Era ela que me levava ao mundo mágico
E deixava eu sonhar como se fosse um gênio
Eu juntava as palavras com maestria,
E era assim que formava as grandes poesias.

Mas, continuo até agora a procurar por mim
Atirei no que vi, e acertei no que não vi
Eu pesei que no bornal só viesse a ração
Mas, não ele trouxe também, elementos e a razão
Para as minhas poesias.

Moacir Monteiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário